tempo de fazer-se luz a penetrar paredes
irromper da pedra do silêncio perdido
contra rostos sem vida
em uma vida além tempo aqui agora
tempo de mirar os tijolos da incerteza
sorrir
abrir o peito para histórias nunca dantes adentradas
olhar fotografias antigas, rastros
tempo de ser perene
em meio à morte
de si
no outro
tempo de ser sua própria margem
sem nem dizer algo
ajoelhar-se no escuro
e assim permanecer vivo
inventando mundos
de céus
inesperados
abraços
pausas.