Mater Suspiriorum

Marianna Perna em cena, 2018.

Espirais do ar se fazem fogo ao tocar a pele.
A pele não costurada que abriga o sonho.
O sonho de cada noite envolto em névoa não linear.
A dança da imaginação cria asas sobre o não nascido.

A dança fora é um pequeno grão da dança contínua de dentro. 
O olho de dentro, o olho da pele.
All is well, as long as we keep spinning.

Eu rodopio em busca do silente, o repouso no fundo
de todo movimento, de todo som.
O sonho primordial que alcanço com os olhos de dentro.
Há o silêncio em tudo, e eu danço o que não tem nome.

O círculo sem fim do existir-se em tudo.
Tempo não linear onde sou tudo, desde sempre,
cobra que engole o rabo.

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